Alexandre Aleixo – O matador de passarinhos
Vegans ficam eufóricos com o uso de animais em pesquisas. Conhecemos por exemplo o caso da Cutoutdissecations.com (sim esse é mesmo o nome dela!), q fez de tudo literalmente pra chamar a atenção pras suas vogongelizações contra dissecação de animais. Conhecemos tb, a ALF, falsa ONG vegan q promove atentados terroristas pelo mundo, inclusive contra institutos de pesquisa, e q faz ameaças de assassinato a cientistas.
No post de hoje vou apresentar Alexandre Aleixo (http://revistaepoca NULL.globo NULL.com/Revista/Epoca/0,,EMI16191-15295,00-ALEXANDRE+ALEIXO+O+MATADOR+DE+PASSARINHOS NULL.html), biólogo q abate animais pra serem pesquisados. Ele deu uma entrevista à revista Época em 04/03/2009. Lendo a entrevista, veja q no início ele até tinha uma certa tendência vegan, mas com o tempo viu a importância de naum ser emo, até pra preservar o resto da espécie.
O biólogo Alexandre Aleixo é um exímio caçador de passarinhos. Em suas pesquisas na floresta, sempre leva uma espingarda calibre 16. É com um tiro certeiro que Aleixo derruba das árvores tucanos, mutuns e arapaçus. Um gravador com a reprodução de cantos ajuda a atrair as aves. Os animais abatidos são empalhados e levados para as gavetas da coleção de ornitologia do Museu Emílio Goeldi, no Pará, uma das mais importantes fontes de pesquisa sobre a biodiversidade da Amazônia. Matar os animais para estudá-los é visto por ativistas como método cruel. Cientistas como Aleixo afirmam que isso é imprescindível.
O sacrifício de animais é importante para as pesquisas de preservação das florestas e para o desenvolvimento de produtos na área de saúde, disse a ÉPOCA.
O que o senhor sentiu quando teve de sacrificar a primeira ave para uma pesquisa científica?
Senti uma confusão de sentimentos. Foi quando eu estava no mestrado e descobri que ninguém conhecia o pássaro responsável por um determinado canto que eu tinha gravado. Meus professores disseram que minha única alternativa seria sacrificar o animal para descrevê-lo. Ou, como dizemos em zoologia, eu deveria coletar a ave. Parte de mim estava contente por resolver o enigma. Por outro lado, fiquei imaginando se a ave sacrificada teria algum tipo de relação afetiva com parentes, como mãe, pai e cônjuge, e como eles estariam reagindo quando viram o outro morto. Não foi fácil.
O senhor é responsável pela coleção de ornitologia do Museu Emílio Goeldi, onde existem 60 mil aves empalhadas. Como lida com o sacrifício de animais para pesquisas?
Não tenho mais problemas éticos em relação a isso, pois não me considero um indivíduo de uma espécie especial e glorificada da natureza, como muitos entendem a humanidade. O hábito humano de sacrificar animais não é isolado na natureza. Todos os predadores fazem isso como atividade essencial para sua sobrevivência. Nossos parentes mais próximos, os chimpanzés, caçam outras espécies de macacos com táticas impressionantes. Esse sacrifício de animais também é importante para as pesquisas de preservação das florestas e para desenvolver produtos na área de saúde que aumentam a qualidade e a vida dos seres humanos. Se um dia eu tiver um filho doente e ele precisar de um remédio desenvolvido por meio de testes em animais, não terei a menor dúvida em comprá-lo.
Qual é o papel dessas coleções de aves empalhadas para as pesquisas na Amazônia?
Sem coleções, não se consegue avançar no estudo das aves. Estamos numa fase em que duas tecnologias recentes, a genética molecular e a bioacústica [estudo e gravação digital dos sons das aves], revelaram que a diversidade de aves na Amazônia é quase o dobro do que se imaginava dez anos atrás. Essas duas técnicas ainda não dispensam a prática de coletar a ave para estudar suas características morfológicas. Por isso, ainda precisamos sacrificá-las. Quando isso não acontece, pode haver erros. Na Europa, é proibido sacrificar animais para fins científicos. Neste ano, cientistas descobriram que uma nova espécie de ave descrita na região sem a morte do animal era, na verdade, uma espécie já conhecida. Esses erros são graves, pois impedem que tenhamos uma visão correta da diversidade de um ecossistema. Não dá para proteger uma natureza que nem sequer conhecemos.
Não há outros métodos para identificar as aves sem precisar matá-las?
Sim, há vários métodos para identificar aves, pela visualização, audição e fotografia. A grande maioria dos ornitólogos usa essas metodologias. O sacrifício só é empregado nos casos em que nem os especialistas sabem identificar com certeza um determinado animal. Ninguém usa o sacrifício indiscriminadamente para identificar espécies que podem ser reconhecidas por outros meios. A morte é um último recurso. Em locais tão pouco estudados, como a Amazônia, é uma ferramenta usada com mais freqüência para aumentar o conhecimento básico sobre a região.
Como é a rotina dentro de uma floresta para identificar as aves?
Acordar antes de o sol nascer e ficar praticamente todo o dia percorrendo trilhas na mata. Costumo dizer que um dia de campo equivale a um dia de spa, com muito exercício e pouca comida. Num dia rotineiro, 90% das espécies de aves registradas são apenas ouvidas. Os instrumentos que usamos são binóculos, gravadores e redes. Os animais capturados nas redes nem sempre são sacrificados. A grande maioria acaba libertada, depois de analisada por biólogos. Também levo uma espingarda para sacrificar espécies pouco conhecidas do alto das copas das árvores.
O senhor já sofreu críticas de outros biólogos ou de grupos que pregam o fim do uso de animais na ciência?
Sim. Esse é um debate que aparentemente não vai ter fim. Algo parecido com o uso de células-tronco em pesquisas. Enquanto o embate fica no campo das idéias, é até estimulante. O problema é quando esses grupos passam para a agressão física, como fizeram com uma professora da Unicamp. Ou, como no USA, onde já passaram para práticas terroristas, com a ameaça de colocar bombas em laboratórios. Para mim, essa agressão é indício de desespero, de frustração de quem não consegue se impor por meio das idéias, o caminho aceitável numa sociedade civilizada.
Essa agressão é indício de desespero, de frustração de quem não consegue se impor por meio das idéias, o caminho aceitável numa sociedade civilizada
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O que o senhor acha da lei sobre o uso de animais e cobaias em pesquisas científicas, aprovada no começo do mês pelo presidente Lula?
Achei positiva. Nos últimos anos, o Ministério do Meio Ambiente fez uma opção estratégica por não burocratizar excessivamente a concessão de autorizações para o sacrifício de animais em pesquisas, principalmente nos estudos da biodiversidade, o meu caso. Nessa iniciativa, houve uma interação forte entre os legisladores e a comunidade científica.
Ou seja, a questão deixou de envolver apenas moral e ética, pra ter uma lei definindo tudo.
Vogons, claro, usariam isso pra dizer q a Indústria da Morte, compactuada com cientistas assasinos sádicos q torturam e estupram animais pra satisfazer seus desejos sexuais
, compraram os políticos pra criar leis q os beneficiem.
Qual é o futuro das coleções de aves, como as do Goeldi, no Pará, e dos Museus de História Natural, de Londres e Nova York? Elas continuarão necessárias a longo prazo?
O Brasil é um dos países cujas coleções de aves mais crescem no mundo. Não falo apenas de coleções que dependam do sacrifício de animais, mas também de coleções de cantos digitalizados. Enquanto não estivermos satisfeitos com nosso conhecimento sobre a biodiversidade e sobre como devemos preservá-la de modo mais eficiente, a coleta de espécies e as coleções continuarão a ser recursos de pesquisa imprescindíveis. Ao menos no Brasil, tenho certeza de que as coleções vão crescer.
Naum deixe os terroristas da ALF lerem isso, ou eles vão tacar fogo no museu pra obrigar eles a recomeçarem a coleção do 0, criando a necessidade de abater novamente aves q já fazem parte da coleção!!!
Se for proibido o sacrifício de animais na ciência, como ficam as pesquisas de ornitologia na Amazônia?
Pararíamos de evoluir na descrição e no entendimento da biodiversidade de aves, para ficarmos restritos aos estudos sobre comportamento. Isso é importante, mas insuficiente para nos informar sobre onde e como as aves do planeta devem ser preservadas.
De quebra, vale registrar um comment feito na matéria:
bruno schaeffer | RJ / Rio de Janeiro | 14/11/2008 09:17
Cientista-advogado
Se o princípio da imparcialidade jornalística tivesse recebido o merecido respeito nessa matéria, teríamos uma discussão sadia sobre a validade do método científico utilizado pelo Dr. Aleixo, e não esses discurssos inflamados de quem o defende ou o ataca. Não sei se cientista-terrorista existe, como perguntou o/a pax, mas cientistas-advogados, pelo visto existem aos borbotões nesse tribunal virtual no qual essa seção de comentários se transformou. Existem os de defesa, que em sua maioria são outros biólogos que se sentiram desrespeitados com o tom da matéria, e os de acusação, alguns outros biólogos que deixaram entrever nas entrelinhas de seus comentários terem tido problemas pessoais com o Dr. Aleixo e estão aproveitando "a deixa" da matéria para atacá-lo, e ainda existem os cientistas-ativistas revoltados porque suas opiniões a respeito de como a ciência deve ser feita não foram elevadas à categoria de verdade absoluta. Fica a dica para o público leigo: Assistam o filme "O Quarto Poder" que trata justamente da manipulação de informações da qual a mídia é capaz.
Visto q vegans são quase sempre nóiados e tem sérias dificuldades de interpretar textos, é bom deixar claro q eu sou contra a morte indiscriminada de animais silvestres. Casos como esse são especiais, e visam aumentar o conhecimento sobre a Natureza, q por sua vez ajuda a preservá-lá-lha.
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